A sucessão, um tema amplamente abordado e frisado no que diz respeito a governança corporativa e familiar auxilia na longevidade empresarial de empresas familiares, mas que muitas vezes pode gerar conflitos, e a não realização da passagem de bastão de forma correta e estudada, pode desembocar em diversos cenários para as empresas, todos negativos.
Esse foi o caso da imensa empresa familiar coreana, Samsung.
Há poucos anos, a empresa que é responsável por 20% do PIB do país, esteve nos holofotes por conta de um escândalo envolvendo o herdeiro e vice-presidente do conselho da empresa, e até mesmo a então presidente da Coreia do Sul.
O executivo foi condenado por corrupção e desvio de fundos no caso que resultou no impeachment e prisão em 2017 da ex-presidente. O esquema tinha como finalidade facilitar a sucessão na empresa, uma vez que o patriarca (2ª geração) estava adoentado e precisava se afastar do cargo. A acusação era que existia a compra de influência para garantir que o filho se mantivesse no controle do grupo.
Outro fato curioso é que a carga tributária que incide sobre a herança é extremamente alta na Coreia, podendo chegar a 60% do valor, e foi constatado que houve ocultação de receita em valor milionário visando a diminuição dos impostos.
Lee Jae-yong, o herdeiro e vice-presidente que cumpre pena, prometeu que seria o último na linha de sucessão familiar e que seus filhos não herdariam a companhia.
Além do escândalo, a família ficou também com uma dívida de mais de 12 trilhões de wons em imposto sobre herança, equivalente a mais de 56 milhões de reais.
Você acredita que esse tipo de caso pode ser evitado de alguma forma? Deixe a gente saber o que você pensa sobre esse case!
Data: 18/11/2021