Em nosso último post, falamos um pouco sobre sucessão e a necessidade de lançar os olhos sobre o planejamento sucessório que precisa estar em foco, como uma das principais preocupações dos fundadores ou da geração que está deixando os cargos, considerando a grande passagem de herança que ocorrerá nos próximos 20 anos, segundo estudos.
Hoje, queremos focar no outro lado desse processo: os sucessores.
Conforme a matéria da Forbes sobre o levantamento de dados realizado pelo banco UBS, estima-se que a geração que concentrará a maior parte desse valor de mais de US$ 84 trilhões que será herdado serão os Millenials. Com isso, muitos questionamentos se abrem, principalmente no que diz respeito às preocupações e prioridades dessa geração, que difere e muito dos baby boomers e geração X, seus antecessores.
É comum sabermos de cases, principalmente de empresas familiares, onde com a entrada da nova geração, a empresa passou a dar alguma atenção mais relevante para inovações e até mesmo modificou processos e com isso obteve otimização na atuação do negócio como um todo.
Isso ocorre porque os Millenials, sendo a primeira geração com uma conexão mais enraizada com o digital, percebe e sugere mudanças na empresa familiar, buscando torná-la mais competitiva no ambiente atual.
Esse é um dos pontos que se espera dessa nova geração que herdará um valor tão expressivo. Mas além disso, também surgem junto com essa nova geração, preocupações que as gerações anteriores não tinham e, portanto, não era um foco na empresa ou mesmo nos investimentos realizados.
Além do digital e das inovações para o dia a dia das empresas, os Millenials têm perfis e preferências diferentes da geração anterior e isso diz muito sobre o novo perfil de consumidores, investidores, líderes e colaboradores daqui para frente, além de focarem seus esforços e preocupações em temas como o meio ambiente e diversidade. Isso, por si só, não parece um problema ou uma barreira, mas também é percebido que essa nova geração se preocupa fortemente com a cultura da empresa e, exatamente por ter ideais e focos diferentes das gerações anteriores, não sente o alinhamento necessário com o negócio familiar, que muitas vezes não possui nenhuma iniciativa de inclusão, ou de redução de impacto ambiental.
Todas essas especulações são pontos que criam uma curiosidade sobre o que será feito quando essa transferência de herança de fato ocorrer, além de também abrir questionamentos sobre como as empresas familiares deverão manejar esse tipo de situação.
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Data: 28/10/2022