Na pesquisa “O Futuro da Empresa Familiar: Turbulência e Transformação na Década de 2020” realizada pela Cambridge Institute for Family Enterprise em parceria com o Citi Private Bank., dentre tantas estatísticas e números relevantes para as empresas familiares, hoje falaremos sobre um específico.
A pesquisa foi realizada com membros de empresas familiares de diferentes gerações, desde a Geração Z (2000–2015) até a Geração Silenciosa (1928–1945) e o foco era entender e saber um pouco mais sobre suas preocupações a respeito das turbulências que poderão ocorrer na década de 2020.
Um dos pontos que nos chama atenção é o fato de que 46% dos entrevistados afirmam que estão delegando responsabilidades operacionais a profissionais de fora da família, e afirmam também que estão buscando a profissionalização da gestão.
Quando se trata de empresas familiares, sabemos que a profissionalização pode ser deixada em segundo plano, e isso ocorre por diversos fatores, muitos deles intrínsecos a cada negócio familiar. É comum que membros de famílias empresárias assumam cargos na empresa, e isso muitas vezes independe de sua preparação profissional para as demandas do cargo em questão, assim como também é comum cultivar dentro desse sistema uma espécie de barreira para a entrada de profissionais externos.
O apego e apreço ao negócio familiar é sem dúvida um dos pontos mais fortes e um dos diferenciais que tornam uma empresa familiar tão única, porém, tais fatores precisam ser gerenciados de maneira saudável, para que não impeça o crescimento e desenvolvimento da empresa, através da profissionalização da gestão.
É comum que os membros das empresas familiares olhem com desconfiança quando se fala em “profissionalizar a gestão”, pois o termo pode dar a entender que a gestão não é profissional o suficiente, ou mesmo pode ser interpretado como a perda do poder centralizado nas mãos da família, sendo automaticamente visto negativamente. Porém, quando se fala em profissionalização da gestão, não necessariamente se trata de trazer profissionais externos para a gestão da empresa familiar.
Sabe-se que muitas empresas são contrárias a isso, principalmente quando se trata da saída da primeira geração para a segunda, mas deve-se ressaltar que é totalmente aconselhável que a nova geração de membros das empresas a entrar na gestão estejam atentos e prontos para se profissionalizar continuamente e desde cedo. Dessa forma, é possível evitar que herdeiros despreparados assumam cargos importantes para o funcionamento do negócio com base apenas nos laços familiares, sem considerar o que a empresa de fato precisa para manter seu crescimento.
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Data: 23/11/2022