Será que é fácil se afastar da direção da empresa que você mesmo criou? Abrir mão das tomadas de decisão pode demandar uma grande mudança de costume para o fundador, não é mesmo?
É comum percebermos que o fundador, durante o processo de sucessão, acaba ficando um pouco perdido, sem saber muito bem que caminho seguir a partir de então. Como foi ele quem criou a empresa e a conduziu por tantos anos, quem reconhece o valor e a importância que ela tem tanto para a família como para o mercado, é comum que o sucedido tenha bastante dificuldade na hora de passar o bastão.
Para lidar com essa dificuldade, podem ser feitos dois movimentos interessantes, em conjunto.
Um deles é o de mostrar ao sucedido as possibilidades que ele passa a ter ao afastar-se da direção da empresa. É possível que o sucedido continue fazendo parte da empresa como conselheiro, ou que ele se aposente e aproveite para viajar ou realizar outros desejos. Há também sucedidos que, por gostarem tanto de empreender, decidem criar uma nova empresa, em outra área.
O outro movimento importante é criar iniciativas que inspirem e estimulem o sucedido a registrar a história, a visão, a missão e os valores da família e da empresa. Tudo isso deve ser feito no Protocolo de Família. Além de estabelecer diretrizes para a relação da família com a empresa, ajuda a criar entre os familiares a noção de pertencimento e possibilita que eles reconheçam os valores da empresa, e compartilhem deles.
Data: 30/09/2021