Você provavelmente já ouviu falar da Gucci, famosa grife italiana. Sabia que ela foi uma empresa familiar por três gerações? Hoje ela tem como sócia majoritária a holding francesa Kering.
O que aconteceu, então, para que a grife mundialmente conhecida deixasse de pertencer à família Gucci?
O passeio em ziguezague que é a história dessa marca começa com um fundador inspirado (Guccio Gucci), que criou um império milionário e foi sucedido por duas gerações. Apesar da família européia, o enredo dessa história é digno de Hollywood.
Valores transferidos ilegalmente para contas pessoais de um sócio por meio de um sistema falso de faturamento, herdeiros despreparados, falsificação de documentos, autuações milionárias pelos órgãos fiscais, brigas, traições e conflitos familiares, falta de transparência, confusão patrimonial, crimes tributários, prisões…. Tudo isso levou a família Gucci a perder a propriedade da empresa criada por Guccio Gucci.
No fim, o último herdeiro da família, Maurizio Gucci, mudou a estratégia da empresa e as vendas começaram a cair, enquanto uma abordagem extravagante elevou as despesas. Essa nova estratégia causou uma queda considerável nos lucros e a credibilidade de Maurizio como líder e gestor desmoronou.
Com a empresa cada vez mais no vermelho, os investidores concluíram que Maurizio era ineficaz como gestor da empresa e trataram de comprar sua parcela, colocando fim à dinastia da família Gucci.
Essa história nos mostra como é essencial que herdeiros estejam preparados para assumir a empresa familiar. É preciso conhecer a empresa, entender de gestão e se profissionalizar, para então tomar as melhores decisões para a empresa familiar.
Data: 19/07/2021