A baixa representação das mulheres nos cargos de liderança no ambiente corporativo é uma questão persistente, mas que tem recebido atenção crescente nos últimos anos. Apesar disso, as mulheres continuam com pouca participação em cargos de poder, inclusive nos Conselhos de Administração. No que diz respeito às organizações de capital aberto, segundo a pesquisa realizada pelo IBGC e divulgada no início desse ano, apenas 15,2% das cadeiras nos boards são ocupadas por mulheres e, apesar de não ser um número atrativo, ainda é maior do que o percentual do ano anterior, 14,3%.
Isso ocorre apesar do fato de que os estudos mostram consistentemente que as empresas com conselhos mais diversificados têm melhor desempenho financeiro e são mais inovadoras.
Uma das principais discussões que a pesquisa dá abertura é que há necessidade de maior transparência em relação às nomeações do conselho. Atualmente, muitas nomeações para conselhos são feitas por meio de redes informais de networking e mentorias, que tendem a ser dominadas por homens. Isso significa que as mulheres podem ser excluídas dessas redes ou encontrar dificuldades extras, resultando em grandes chances de perder oportunidades de servir em conselhos. Para resolver isso, recomenda-se que as empresas estabeleçam processos formais para nomeações do conselho, como um comitê de indicação do conselho.
Também é relevante ressaltar a necessidade de uma maior rede apoio para as mulheres que aspiram a cargos de diretoria. Isso inclui oportunidades de mentoria e networking, bem como programas de treinamento e desenvolvimento para ajudar as mulheres a desenvolver as habilidades e a experiência de que precisam para ter sucesso nos conselhos. Recomenda-se que as empresas considerem a implementação de cotas ou metas para a representação feminina no conselho, pois isso pode ser uma maneira eficaz de promover mudanças e aumentar a diversidade, principalmente para empresas de capital aberto ou que buscam investimentos, já que alguns fundos já se posicionaram publicamente sobre a decisão de apenas investir em empresas que possuam diversidade nos conselhos e gestão.
Em resumo, o tema destaca a necessidade de ações para aumentar a participação de mulheres nos conselhos de administração. Embora tenha havido progresso, ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que as mulheres possam participar plenamente da liderança corporativa. Ao estabelecer processos formais para nomeações de conselhos, fornecer apoio a mulheres que aspiram a cargos de conselho e considerar cotas ou metas para representação feminina, as empresas podem tomar medidas concretas para abordar essa importante questão. Em última análise, isso não apenas beneficiará as mulheres, mas também levará a melhores resultados de negócios e para as empresas, como já certificado por meio de pesquisas, e para a sociedade como um todo.
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Data: 20/04/23