Quando se fala em empresas familiares brasileiras, muitos podem lembrar do verdadeiro império criado por Francisco Matarazzo. Fundador das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), acumulou uma fortuna imensa e um conjunto de 365 empresas, que foram assumidas pelo filho Ermelino Matarazzo, que atuou durante a época da primeira guerra, mas que faleceu em 1920 em um acidente de carro na Itália.
Francisco, ainda em vida, o substitui por Chiquinho (seu penúltimo filho). Esse sucessor, no entanto, nunca foi bem aceito pelos demais herdeiros.
Durante o longo tempo que esteve no poder, Chiquinho se tornou o maior empresário da América Latina, e ele não se intimidou com os conflitos familiares, mesmo depois de ter a empresa descapitalizada em 1932, por conta do pagamento do valor das cotas dos irmãos, que as venderam por conta das crises de poder que a empresa sofria, e como tudo foi pago em dinheiro, a empresa sofreu com isso.
Após perder oportunidades de associações importantes e que trariam profissionalização e modernidade à empresa, somado ao fato de que a família, dividida e lutando por seus interesses pessoais, acabam por dilapidar os ativos.
Quando Chiquinho faleceu, em 1977, deixou o controle para a filha, mas já havia muitas dívidas e logo foi pedido falência.
Uma sequência de erros sucessórios, obsolescência de produtos, conflitos familiares, desunião, falta do olhar empreendedor e a não profissionalização da empresa e dos gestores fez com que tal império terminasse de forma tão triste.
Cases como esse podem, hoje em dia, serem usados como estudos para entender melhor o que tinha e o que faltava para que essa empresa fosse mais longeva do que foi.
Você conhece a história das empresas Matarazzo? O que pensa sobre esse final triste da empresa que um dia já faturou mais do que todos os estados brasileiros, com exceção de são Paulo?
Data: 19/10/2021