Com uma história cheia de acontecimentos controversos e até chocantes, a vinícola americana Gallo Family traz em sua caminhada diversos pontos que merecem receber atenção, pois para membros de empresas familiares e profissionais que trabalham com esse tema, a história da família traz preciosos ensinamentos.
Sendo hoje, segundo a revista Exame, a maior produtora de vinho do mundo, a E. & J. Gallo Winery foi fundada em 1933, na Califórnia, por Joe Gallo, que posteriormente teve três filhos, sendo Ernest e Julio seus sucessores no negócio.
Os conflitos começam quando o fundador, muito focado em seu negócio, acaba sendo bastante ausente – e rígido – com os dois filhos mais velhos, que possuem 10 anos de diferença com o caçula, o qual supostamente levou uma vida bem menos conturbada, rígida e mais abastada que os irmãos, que presenciaram inclusive a prisão do pai – por conta da Lei Seca – iniciando ali um sentimento negativo e um afastamento da geração fundadora, ainda que existisse um grande apego pelo negócio familiar.
A tensão dentro da família foi grande a ponto do filho mais velho, Ernest, dar um ultimato no pai, pedindo parte do negócio, caso contrário ele iria embora. O pai não cedeu ao filho e até mesmo o ameaçou junto ao irmão com uma arma.
Com diversos casos de mortes trágicas na família, inclusive dos fundadores, as tensões apenas acabaram quando em 2007, Ernest, o filho mais velho, e Joe Jr, o mais jovem, faleceram com um mês de diferença entre eles. Hoje a empresa ainda é controlada pela família, sendo reconhecida como a maior vinícola de controle familiar do mundo.
Esse caso, tão conturbado quanto é, mostra o tamanho da influência de um mau modelo parental e da falta de inteligência emocional nos negócios familiares. Esse caso, apesar de ainda estar em pleno funcionamento e aparentemente com os problemas aplacados, poderia ter tomado diversos outros rumos, os quais certamente não tinham muitas chances de serem positivos.
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Data: 04/11/2022